MISÉRIA: artigo de primeira necessidade
MISÉRIA:
artigo de primeira necessidade
Após
receber um e-mail com muitas fotos e relatos sobre a miséria no mundo, meus
sentimentos e emoções passaram por momentos terríveis de impotência,
desesperança, infelicidade, muita tristeza e muito desalento.
As
perguntas que não me saíam da cabeça, naquele momento, eram: - qual o sentido
de causar tanta dor e ter tanto descaso pelo ser humano? Por que uns se acham
superiores aos outros e acreditam que têm poder sobre as outras vidas?
Essa
prática de poder e dominação seria um transtorno mental ou a pura expressão do
mau-caratismo e da perversidade?
O
que cada um de nós pode fazer por si e pelos outros seres? O que pensamos
quando tomamos conhecimento de uma situação tão estarrecedora como a miséria? Onde
é que mais nos toca? O que sentimos? Que dor e que emoção nos toma conta?
Pensamos
que não nos diz respeito? Que é do outro lado mundo ou que é lá na periferia
que não conhecemos? Que nada podemos fazer? Que isso é obrigação das
‘autoridades’?
A
primeira coisa que precisamos pensar é que a miséria é artigo de
primeira necessidade para aqueles que querem manter as coisas como estão, visando privilégios, acúmulo de dinheiro e poder em mãos de uma minoria sem rosto, como sabemos ser desde sempre. Minoria essa que age através de testas de ferro, agentes infiltrados, verdadeiras ervas-daninhas, que são imiscuídas por todos os cantos do planeta.
primeira necessidade para aqueles que querem manter as coisas como estão, visando privilégios, acúmulo de dinheiro e poder em mãos de uma minoria sem rosto, como sabemos ser desde sempre. Minoria essa que age através de testas de ferro, agentes infiltrados, verdadeiras ervas-daninhas, que são imiscuídas por todos os cantos do planeta.
Os
detentores do poder econômico precisam de muito povo para toda sorte de
investidas contra a própria humanidade. Precisam de massas de manobra para
trabalhar como escravos. Precisam de ignorantes, desinformados e incautos para
colocar mais e mais filhos no mundo. Precisam de deprimidos e ansiosos, com
baixa autoestima, para ter a compulsão da compra e adquirir até produtos que
jamais usarão. Precisam de muita gente doente para alegrar a indústria farmacêutica.
Precisam de muitas mortes para que cresça o mercado funerário.
O
poder cria, constrói e molda um povo desinformado, ignorante e miserável para
utilizá-lo como escravo em suas indústrias, fazendas, comércios, etc. Precisam
de povo sem Educação e sem conhecimento para gerar muitos e muitos filhos e ficarem
por aí a mercê dos interesses e planos dos ‘poderosos’, ora para trabalho
escravo, ora para servirem de bandidos, ora para serem os corruptos necessários
à implantação de seus sórdidos planos.
Precisam
de grandes populações para vender seus produtos. O que seria dessa indústria de
supérfluos se não tivesse uma população numerosa, deseducada, inculta,
desgostosa e desejosa de tudo?
Manter
populações vulneráveis e carentes em todos os sentidos, material, moral,
psicológico e emocionalmente, é um objetivo explícito desses detentores do
poder econômico.
Não
fosse esse contingente imenso de povo miserável, de onde o poder tiraria escravos,
vassalos, testas de ferro?
O
povo brasileiro, por exemplo, é um povo sofrido, oprimido, vilipendiado,
atacado diariamente pela investida imperialista fascista, desde a invasão do
Brasil, em 1500. Vive com pouquíssimos recursos, trabalha doze horas por dia ou
mais e recebe um salário vergonhoso, que muitas vezes é inferior a um jantar
desses ladrões de vidas em restaurantes luxuosos das grandes metrópoles.
Isso
é humano? Será que falta muito para que as pessoas percebam que a justiça e o
equilíbrio são o melhor caminho para o desenvolvimento seguro e
saudável da humanidade? Quando todo ser humano tiver suas necessidades básicas atendidas,
preservadas e asseguradas, o mundo será rico e próspero para todos.
Isso
é uma equação lógica. É um círculo vicioso, quando algo vai bem, firme,
constante e equilibrado, a tendência é tudo ir crescendo e se desenvolvendo da
mesma forma.
A
base e o objetivo inicial é que farão o sucesso da caminhada. No caso do
Brasil, um lugar invadido única e exclusivamente para exploração de suas
riquezas e de seu povo, é preciso lutar muito para que a Educação e a
informação cheguem a todos os cantos do país, pois somente com elas conseguiremos
mudar o rumo de nossa já tão sofrida e massacrada história. Nosso país já iniciou
com uma sórdida mentira, uma história romantizada de descobrimento. Restabeleçamos
a verdade, para que esse conhecimento possa gerar consciência e alavancar o sentimento
de pertencimento no povo.
Um
país com a imensidão continental do Brasil tem a maioria da terra vazia e sem
produção alguma. O povo aglomerado em grandes cidades, sem moradia, faminto,
doente, se corrompendo, se prostituindo e mendigando.
O
porquê de tudo isso? Ah! São muitas as causas. Uma delas, por exemplo, é vender
a segurança privada. Quanto mais ‘bandidos’ aterrorizando o povo, mais
necessitaremos de grades nas moradias, alarmes, câmeras, compra de armas, vigilantes,
seguranças pessoais, carros blindados, e, principalmente, andaremos sempre com
muito medo, pânico e insegurança. Medo: esse é o sentimento que os dominadores
imperialistas querem lançar sobre o planeta.
Quem
tem medo, torna-se inseguro, perde o foco, fantasia muito e fica sem ação e
raciocínio claro e real. O medo paralisa. Aí está uma das questões mais importantes
que precisamos perceber e nos deixar em alerta sempre. Repito: o medo paralisa!
Qual
é a forma de dominação dos pretensos dominadores? Falo em pretensos porque
tenho certeza absoluta de que um dia eles sucumbirão.
Os
meios utilizados para dominar estão em constantemente lançar mensagens
subliminares de medo, perigo, desânimo, discórdia, ódio, insegurança, falta de
capacidade, baixa autoestima, para que possam, com esses gatilhos, manipular,
aliciar, cooptar, escravizar e dominar a população. O povo é bombardeado com
mensagens subliminares nas 24 horas do dia.
Existe
agressão maior do que o formato de mídia existente hoje em nosso país? Ela é o
maior instrumento de alienação e subjugação da população, mantida e coordenada
pelos propósitos imperialistas.
Num
país em que a média salarial da população é de dois salários mínimos, as propagandas
anunciam produtos caríssimos que só poderão ser adquiridos pelas classes mais
abastadas. Ou seja, meia dúzia de privilegiados, pessoas essas que vêm roubando
do povo trabalhador há séculos. A grande maioria do povo apenas fica com vontade
de adquirir, na esperança de um dia poder ter, muitos se tornam ansiosos,
depressivos, e, literalmente, doentes.
Aqueles
que têm uma grande quantidade de terra improdutiva, estão fazendo o que para
com seu semelhante? Estão guardando para quê?
Tem
uma frase de Gandhi que diz: "Eu sou um ladrão quando guardo alguma coisa
que não preciso". Neste mundo não há lugar para se guardar coisas que não precisamos.
Precisamos partilhar e compartilhar. Sempre que guardamos algo de que não
precisamos, a alguém no planeta estará fazendo falta. É o equilíbrio natural,
para o qual deveríamos estar sempre atentos.
Caros
brasileiros, no caso de querermos efetivamente combater essa quadrilha fascista
que se instalou em nosso país, com intuito de maltratar, tripudiar, vilipendiar e matar o povo; liquidar com nossas riquezas; entregar nosso país ao império
capitalista fascista; escravizar de todas as formas; massacrar nossas crianças;
liquidar com a capacidade produtiva intelectual de nossos jovens; inviabilizar
a vida de nosso idosos; menosprezar a produção científica, serão necessárias
nossa UNIÃO e nossa ORGANIZAÇÃO para combatermos a ignorância e lutarmos por
Educação de qualidade para todos.
A
primeira coisa que precisamos começar a fazer, urgentemente, é um forte e
comprometido trabalho de base, para que a população expanda sua consciência,
através do conhecimento seguro e de qualidade, a fim de que tenha condições de detectar
todas as intenções vindas dessas investidas fascistas contra a humanidade, que
servem tão somente para manter os privilégios e os poderes dos opressores
dominadores. Eles são desumanos perversos, que se apresentam como salvadores da
pátria, com suas mensagens dúbias e interesseiras.
Vamos
doar livros, vamos ensinar alguém a ler, vamos nos reunir em nosso bairro e
criar uma escola, um grupo de estudos, uma feirinha de troca de livros, uma
escola de música, de dança, de pintura, vamos buscar voluntários que estejam
dispostos a ensinar e alfabetizar.
Vamos
agir! Conheço muitas e muitas pessoas que já estão agindo e com muito sucesso.
Sucesso este que não aparece porque não interessa ao poder obscuro e sórdido.
Precisamos criar barreiras contra essa dominação torpe e truculenta: os
dominadores são poucos, e, nós, povo, somos muitos. Eles dependem da nossa
força de trabalho. É preciso ter consciência do poder do povo. Precisamos nos
dar por conta desta nossa vantagem e nos unirmos para fazer um mundo
verdadeiramente melhor e mais justo para todos. Um mundo mais equilibrado é
possível, desde que haja união, organização e projeto conjunto do povo.
Começando
através do respeito aos direitos humanos. Somos todos iguais, apesar das nossas
múltiplas diferenças. Existe alguma explicação lógica ou plausível para que uma
criança morra de fome, à míngua, em pele e osso? E outra, da mesma idade, tenha
tudo e, pior, coberta de supérfluos, lhe deixando egoísta e desumana?
Vamos
nos unir, não vamos permitir nada que não seja para o bem do todo, vamos lutar diariamente contra tudo aquilo que oprime a qualquer
ser do universo, vamos nos indignar, falar sempre e organizar ações concretas, em grupos, nas
comunidades, planejadas, definidas e com objetivos que visem sempre o término
dessa dominação inescrupulosa, imoral e macabra. Vamos acreditar: nós, unidos e
organizados, somos capazes de fazer um mundo melhor, sem dúvida, é possível!
Carmen Pio
15.05.2020
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