Cada Um Dá O Que Tem...

  Eu hoje acordei chorando, em meus prantos repetia,           todo esse horror é um espanto, me ajude, me ajude, Maria!   Alienação parental, ferramenta de covarde. É um sofrimento brutal e uma dor que tanto arde.   Hoje completas três anos! A vovó nem te conhece... Mataram os nossos planos, nenhum de nós dois merece.   Sinto saudade de um neto, que nunca pude dar colo. Será isso assim correto? Não é esse o protocolo.   Deixo aqui as minhas trovas, de dor, saudade e denúncia. Serão elas as minhas provas, não sou mulher de renúncia.   A vovó queria estar na hora do parabéns, ao mineirinho abraçar e te dar todos os ‘trens’. Seja feliz, meu amor! Que esse mal desapareça. Não faltará meu clamor, rogando que se esclareça.   Não te esqueço um só minuto. Deixo aqui pra eternidade. Tem intenção de tributo, de amor e cumplicidade.   Espero que meu desejo, de poder ser tua avó, se concretize, eu almejo, e desate...

  Meus filhos foram criados com um amor magistral. Posso dizer semeados com uma doçura ancestral.   Foram mais do que esperados, momentos de muito amor. Hoje estamos separados, envoltos em tanta dor.   Eu venho morrendo aos poucos, sinto a vida se esvair. Num mundo com tantos ‘loucos’, A nós um quer extorquir.   Uma saudade entranhada toma conta do meu ser. Parece estar empenhada em só me fazer sofrer.   Um sofrimento profundo, tão dolorido e mortal. Nada melhor nesse mundo, será os filhos no final.   Quem diria que meus filhos, duas crianças amorosas, causariam empecilhos ao invés de trazer rosas.   Peço-lhes, mais uma vez, enfrentem o monstro maligno. Coragem e altivez são próprias do homem digno.   Lembrem sempre dessa mãe, que cunhou ‘A Vida é Bela’, nas cantigas de mamãe sempre ditas com cautela.   Mãe 21.04.2024 17h24